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quinta-feira, 17 de novembro de 2016

EXISTE NO BRASIL MAIS VIGILANTES DO QUE POLICIAIS MILITAR E EXÉRCITO JUNTOS.

Os vigilantes privados em atividade no país superam em cerca de 5% o total de policiais militares de todos os estados brasileiros. Segundo dados da Coordenação de Controle da Segurança Privada da Polícia Federal, existem hoje no país 431.600 vigilantes, ou seja, 19.700 a mais do que os 411.900 policiais militares estimados pelo Ministério da Justiça.

Esse “exército” da segurança privada também supera, em 35%, o efetivo total das Forças Armadas, que é de 320.400 homens.

Com 139.800 homens, o estado com maior número de vigilantes privados é São Paulo, que também concentra o maior número de policiais militares (cerca de 80 mil). De acordo com o relatório da Polícia Federal, o Rio de Janeiro é o segundo colocado, com 45.600 homens atuando na segurança privada.

Além dos 431 mil vigilantes em atividade no país, há mais 1,1 milhão cadastrados, mas não-ativos, no sistema da Polícia Federal. Se o número total de cadastrados for levado em consideração, o contingente de homens da segurança privada no Brasil supera os da Polícia Militar e das Forças Armadas, juntas, em 117%.

Conforme a Polícia Federal, o número de empresas em ação no Brasil em todos os segmentos da segurança privada (segurança patrimonial, pessoal, de escolta e de transporte de valores) chega a 2.668.

Segundo o pesquisador André Zanetic, da Universidade de São Paulo (USP), a segurança privada no Brasil começou a crescer mais intensamente nos anos 80 e 90. E, diferentemente do muita gente pensa, quem mais procura esse tipo de serviço não são residências, nem condomínios, mas sim as grandes empresas e o setor público, disse ele.

Desde o final dos anos 70, houve um grande crescimento da criminalidade urbana, o que, de acordo com Zanetic, seria uma das principais causas do crescimento da segurança privada, juntamente com a proliferação de grandes espaços privados abertos ao público, como shopping centers, cinemas, casas de shows, agências bancárias etc. “Isso tudo crescendoacabou fazendo com que não fosse possível ao policiamento [público] dar conta de todos esses espaços.”

Zanetic afirmou, no entanto, que ainda não se sabe em que ritmo o segmento está crescendo hoje no país. Tampouco há como avaliar, por meio de estatísticas, o ritmo de crescimento, porque os registros da Polícia Federal não contêm o número de empresas ou de vigilantes que estavam em atividade em anos anteriores. Os dados mostram apenas o número de novas empresas e novos seguranças que se registraram em cada ano, sem informar quantos tornaram-se inativos.

Apesar disso, com os dados sobre novos cadastros, é possível perceber que, nos últimos cinco anos, em média 240 empresas se registraram na Polícia Federal a cada ano. Apenas no ano passado, 260 novas firmas de segurança privada passaram a atuar no país.

Para o coordenador de Controle da Segurança Privada da Polícia Federal, delegado Adelar Anderle, o crescimento da demanda por vigilantes privados é resultado do aumento da criminalidade no país: “Isso faz com que asensação de insegurança cresça no sentimento do brasileiro.”

Diante da grande presença de vigilantes privados no país, Anderle defende a articulação entre a segurança privada e os órgãos policiais. “Os órgãos de segurança pública não são suficientes para fazer frente a essa grande onda de criminalidade. Por isso, precisamos fazer um movimento de trazer todo o potencial da segurança privada para junto da segurança pública”, disse.

O delegado usa, como bom exemplo de integração entre os dois sistemas de segurança, uma experiência feita em Recife: “Os porteiros e vigilantes têm um sistema integrado de segurança via rádio, em um canal fechado, com algumas equipes da PM [Polícia Militar]. Essas equipes estão treinadas para atender apenas a chamados de vigilantes e porteiros. Dessa forma, se o porteiro vê alguém suspeito, passa um rádio para a equipe que está naquele bairro, e essa equipe, em poucos minutos, está no local para fazer a averiguação.”

 Fonte: Agência Brasil

2 comentários:

  1. sim o vigilante tem um bom treinamento sabe se comunicar em rádio por código ,manusear arma ,conhecimentos de leis constitucional ,educação física ,primeiros socorros ,brigada de incêndio,sistema operacional noções de segurança publica dessa forma podemos sem um pingo de duvida mostrar que a polícia federal é uma instituição de valor por formar através de cursos bons vigilantes e trazer tranquilidade as pessoas e ajudar a segurança publica no dia dia.

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    1. Real isto é uma realidade mas infelizmente nossa categoria não é reconhecida pelas atividades e nem pela sociedade!!!

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